CRÍTICA, "Eu Jogadora"

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     Premiado como o 2º Melhor Curta-Metragem pelo CineFOOT, "Eu Jogadora" é a junção de experiências na modalidade, contadas por cinco personagens, Brenda Isadora, Camila Mehler, Emily Lima, Nilda Ismael e Roseli de Belo. 
     As mulheres abordam diferentes temas ao longo do curta, como superação, preconceito e indiferença a partir do momento que optaram por realizar o sonho de seguir a carreira de jogadoras de futebol, nem mesmo seus familiares as apoiaram.
     Uma frase em comum no discurso de todas, é a falta de oportunidade e incentivo para jogar no Brasil, muitas são as razões de descontetamento das atletas perante ao esporte, falta apoio, interesse e estrutura, mas apesar de tudo, a vontade das mulheres de jogar bola, e poder fazer desta, sua profissao ainda existe em grande escala.
     O curta é uma ótima forma de nos fazer aproximar dessa realidade, o espectador é inserido no mundo do futebol feminino de forma que ficamos presos por estar assistindo à relatos pessoais de grandes nomes do esporte, as mulheres nos fazem sentir como se estivessemos passando por tudo aquilo e nos fazem entender o quão dificil foi e é a tragetória.
     Ainda são muito escassas as oportunidades para que as mulheres falem abertamente sobre tudo isso, e como o futebol masculino é tratado de forma predominante, mas com esse pequeno incentivo desse curta metragem, nos possibilita abrir nossa mente e pensar, essa temática precisa ser melhor retratada e deve com certeza ser mais recorrente, até mesmo para a produção e direção do filme, apenas homens participaram, o que nos leva a pensar, talvez uma visão ainda mais profunda poderia ser tida ao montar o curta e escolher os depoimentos.
     Ao longo do filme as mulheres expõem também toda felicidade de finalmente terem alcançado aquele sonho que parecia impossível, existe toda uma questão de superação e auto estima ao final, onde nós, mulheres, podemos nos identificar e entender o espaço delas no futebol assim como nos sentimos perante à sociedade.

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